domingo, 10 de julho de 2016

Como você encara a Morte??


Falar sobre morte não é uma tarefa fácil, pois “ela” nos remete diretamente ao sentimento de perda. Mas como lidar com algo que não conhecemos ou que não entendemos completamente? 
Inicialmente quando "ela" ocorre com algum familiar, causa tristeza de sua partida. Contudo, pode ser encarada como um evento que causa alívio no sofrimento daquele indivíduo e também da sua família. A morte é uma etapa da vida, que finaliza o processo vitalício. Neste sentido, a morte precisa ser encarada somente como mais uma etapa da vida, que não precisa ser considerada traumática, mas apenas lembrada. 
Pessoas que amamos se vão a vários momentos. Chorar a perda, passar pelas fases de luto é natural, a falta e a lembrança dos momentos felizes juntos irão surgir, as vezes concomitantes e mais intensos do que pensamos. Porém, devemos ficar atentos, quando essas lembranças começam a se transformar em sinais de depressão e consequentemente começam a atrapalhar e interferir em nossas vidas. Neste momento, deve-se procurar ajuda. Deve-se ter consciência de que podemos não ser capazes de carregar todos os fardos que a vida nos reserva e pedir ajuda não é vergonhoso, ao contrário, é um sinal de autoconhecimento. 
A morte hoje já não é mais uma coisa ruim, é o final de um ciclo e início de outro, tanto para quem fica, quanto para quem parte. Para quem parte, terminam-se as ações e descansa-se. Para quem fica, sobram as recordações e inicia-se a adaptação sem aquela pessoa, seja ela querida ou não, lembra-se dos exemplos e se eternizam os aprendizados.
            É preciso parar de sentir medo da morte, afinal é a única certeza que temos e esta deve servir como guia para a nossa vida. Servir para repensar as formas que vivemos e nos relacionamos, aproveitar todas as oportunidades, amar intensamente, derramar algumas lágrimas. Tudo isso reflete na forma em que vamos morrer e tentamos realizar as nossas vontades e sonhos, afinal, se não fizermos nunca saberemos se dará certo. E quando a morte chegar, se tivermos vivido, aí sim morrer valerá a pena.
            Com todas estas reflexões, os aprendizados ao longo das aulas e de nossas próprias vivências, percebemos que encarar a morte é muito pessoal, a forma como cada um encara este momento em sua vida vai depender da sua trajetória de vida e como tudo foi experienciado até o momento do acontecido. A intensidade do vínculo que tivermos com a pessoa que partiu vai depender da relação de ambos, pois muitas vezes as dificuldades de encarar a morte de um ente querido é por remorso ou por amar muito. O somatório disto conta muito para este enfrentamento ocorrer de forma mais facilitada ou dificultosa.
O processo de luto é muito importante e deve ser vivido, seja de qual forma for, e talvez não exista melhor remédio que um olhar sincero de outra pessoa sugerindo compreensão e parceria, enquanto se encara a dor da realidade.
A grande verdade é que não há forma de encarar a morte e sim a maneira de como NÃO encarar a mesma.
“Não deveríamos encarar a morte como uma tragédia ou pagamento doloroso de pecados, mas como mais uma forma de aprendizado onde no final o sentimento que fica é de dor e perda e uma ponta de conforto por termos convivido com o ser espiritual cheio de falhas mas com ensinamentos em busca de aprimoramentos também” (Nilton Mendonça).

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Perguntas deixadas pela nossa professora para reflexão...


- Do que você mais se orgulha em sua vida?

Da minha trajetória.


- Qual sua maior alegria?

Poder experienciar “coisas” novas.


- Qual o seu maior despontamento?

Ter ouvido algo desnecessário da pessoa que sempre havia sido meu norte.


- Qual foi a coisa mais importante que você já fez?

Ter me permitido me apaixonar.

- Do que você se arrepende?

Ter parado de estudar por cinco anos...


- O que você acha que vai acontecer agora?

Vou terminar de deliciar meu picolé de chocolate e me lambuzar com ele (kkkk). 


- Se você fosse dar uma mensagem ao mundo, qual seria ela?

Cada um precisa amar mais a si e amar ao outro, no mínimo, o tanto que ama a si.


Essas perguntas não são difíceis de responder, quando você sabe da onde veio e para onde vai...e se der algo errado no planejamento...é só replanejar. A vida não é uma constância. Portanto, contar com revira-voltas, ameniza o sofrer. Respostas não precisam ser complexas, se você está aberto a entender...


Autora: Adriane Carine Kappes

Imagem do Blog de Faa Cintra (SIC). 



Fases do luto
O luto está presente não somente na morte, mas também em qualquer perda que tenhamos de enfrentar. Para passar por esse luto enfrentamos 5 fases, que Elisabeth Kubler Ross, em 1969, descreveu como: negação e isolamento; raiva; barganha; depressão e aceitação. Cada fase é bem específica e nós como profissionais da saúde devemos estar atentos aos sinais que o indivíduo e a família está apresentando. Estas fases podem não ser totalmente distinguíveis, ou seja, podem ter duas fases ocorrendo simultaneamente, em alguns casos.

                O diálogo é fundamental para auxiliar o enlutado nesse processo, dialogar com a família e com o profissional ajuda a entender a perda e a formular estratégias de enfrentamento. Diante disto, a criatividade do profissional é prescindível, principalmente quando se trata de crianças, a flexibilidade, empatia e paciência também são habilidades que precisam ser desenvolvidas. 
          Afinal, nós estamos inseridos em uma cultura que não nos foi ensinado a lidar com a morte "naturalmente", o que pressiona de forma urgente o desenvolvimento destas habilidades nos profissionais recém inseridos no campo de trabalho e, por não se sentirem capazes de lidar com isto, estas tentativas frustradas os tornam, muitas vezes "frios" com a morte dos outros para se proteger emocionalmente. Que possamos internalizar esta reflexão desde já, para que sejamos apenas humanos com expressões "humanizadas" com aqueles que são objeto de nosso cuidado.

Autora: Adriane Kappes