segunda-feira, 28 de março de 2016

"Há tempos" - Legião Urbana, uma música poeticamente sobre as perdas

Uma música antiga, mas com sentimentos tão atuais. A música "há tempos" de 1989 sob a composição de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá fala sobre a forma como hoje nós encarramos as perdas. Todos passamos por momentos difíceis não apenas da perda morte, mas da perda de sentimentos, de pessoas e de relações pessoais. É quase que impossível não deixarmos transparecer quando perdemos algo ou alguém pelo que temos muito afeto e que valorizamos. A forma como cada um encara as perdas é importante, e para nós profissionais da saúde e familiares é peça importante saber escutar e falar, escutar as angústias de nossos pacientes e familiares e falar sobre nossas angústias sobre nossos pacientes e familiares. Perdas são inevitáveis e são necessárias para o nosso amadurecimento e para que não esqueçamos que "disciplina é liberdade" e vice-e-versa. Saibamos que cada um tem a sua forma de expressar a perda, seja chorando, seja gritando, falando ou simplesmente olhando e que toda perda, seja do que for, precisa ser respeitada. 


Autora: Paola Forlin.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tristeza e dor







Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos

Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso

Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito
Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira

E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção

Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa

      Ainda bem que o tempo cicatriza as feridas, oportunidades fazemos ou surgem por meio dos outros. Qual o tamanho da tua dor?como essa dor te afunda, ou ela te impulsiona... Quantas casas o teu grito é capaz de acordar? Muitas vezes as pessoas resolvem fazer grupos de discussão e apoio ou caridade para recuperar o sentido da sua existência no decorrer dos dias.
      Então, "a quem procura abrigo e proteção"? saiba que não estarás sozinho, se tua dor for tão forte a ponto de não ser suportada, compartilhe-a, divida-a e sempre lembre que "compaixão é fortaleza". Ter bondade é ter coragem e lá em casa tem um poço o estar junto ou simplesmente ouvir um pouco pode não nos fazer superar, mas nos faz encarar de um jeito mais ameno ou mais intenso, mas nos faz encarar. 

https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22493/

Autoras: Adriane Kappes, Bruna Bueno e Paola Forlin

domingo, 20 de março de 2016

Espiritualidade: muito além do científico

      A morte muitas vezes "bate" na porta das pessoas e revoluciona as suas vidas, de uma forma ruim ou boa. Algumas vezes uma pessoa da família está no processo de "partida" e os familiares que estavam brigados se reaproximam e se permitem perdoar, remoldando aquela história. Outras vezes a morte do indivíduo traz discórdia, devido a acusações de culpa ou por interesses individuais. Não creio  que a pessoa que "parta" saiba o que ocorre com seus familiares (meu pensamento sobre o tema), mas sim que mantém uma consciência daquilo que foi e fez enquanto era um ser humano vivo, como se percebe ao ler o texto bíblico de Lucas 16: 19-31, no qual o homem rico lembra da família, mas não pode se comunicar com ela.
      Acredito que se pensássemos mais na morte, sofreríamos menos ao experienciar esta no nosso cotidiano. O professor Luis Carlos Marques (2012), menciona em seu vídeo que antigamente as antigas civilizações egípcias, gregas, mesopotâmicas, mexicanas, entre outras, associavam muito a vida (incluindo a fase do nascimento) e a morte. Talvez porque naquela época as mortes ocorriam com maior frequência do que atualmente, devido a guerras e grandes epidemias, tendo que ter uma alta taxa de natalidade para manutenção da comunidade, o que não ocorre com tanta frequência nos dias atuais. Nesse sentido, as suas vivências tanto de vida como de morte eram muito frequentes e havia crenças de reencarnação, que perduram até hoje.
      O que é metafísico realmente não tem como ser visualizado, mas pode ser percebido, segundo o mesmo professor. A ciência apenas acredita naquilo que pode ser provado e visto, enquanto que a espiritualidade é constituída pelas vivências individuais, ou seja, é subjetiva, se crê naquilo que se experienciou e por esta razão a ciência a desconsidera. Penso na dificuldade de se contestar sobre a crença do indivíduo, uma vez que não a vivenciamos. Por isso se possui a necessidade de empatizar com o pensamento do outro e julgamentos não deveriam emergir em nossas relações. 
      Nesse contexto, percebo que se tem uma necessidade das pessoas se autoconhecerem e, quando digo isto significa definir-se quanto aos seus sentimentos e quando estes emergem, como podem enfrentar os momentos que antecedem e que são posteriores a morte. Alguns dirão que precisam de mais companhias, outros dirão que precisam mais da presença de Deus, outros ainda dirão que precisam de tratamento psicológico, enfim...Mas e antes disso tudo. O que fazer em vida para morrer bem? O que fazer para entender para onde vou? 


Vídeo de MARQUES (2012) em: <https://www.youtube.com/watch?v=7oWO5oPMOi8>.

Autora: Adriane Carine Kappes


segunda-feira, 14 de março de 2016

A morte e suas diferentes versões

Entende-se que a morte pode ser vista de várias formas, sendo duas delas a versão da ciência e a versão não cientifica.
A versão não cientifica pode ser aquela que vivenciamos ao longo da vida, as perdas de entes queridos, a visão definida pelas diferentes religiões, pelas crenças e sentimentos de cada um.
A versão cientifica é aquela em que a morte é o fim do ciclo vital, onde nem sempre existe uma relação com os nossos sentimentos.
Nós como profissionais da saúde, temos a missão de aprender como cada um dos nossos pacientes encaram/veem a morte para que assim possamos prestar um cuidado mais adequado.
É  importante também, que nós saibamos que papel a morte cientifica e não cientifica tem em nossa vida profissional, para que assim saibamos como nós mesmos encarramos as perdas.

Em relação ao tema, um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou um estudo sobre o ensino científico e representações sociais de morte humana, que pode ser acessado através do seguinte
endereço: http://rieoei.org/deloslectores/1230Figueiredo.pdf . A leitura é valida e traz a visão dos alunos de duas escolas sobre a morte e traz os entendimentos em relação a visão cientifica e não cientifica da morte na realidade das mesmas. 


Autora: Paola Forlin.

Coisas humanas



“Como essas duas faces dessa moeda se associam, Vida e Morte?”. É o que o Prof. Luis Carlos Marques discute em uma de suas palestra. Como entendemos essas ideias, como planejamos a nossa vida e reagimos quando “jogamos esta moeda”.

Como reagimos as situações e sentimentos que não conseguimos medir, afinal o que é a morte? O que é viver? Para viver basta estar vivo? Alguns diriam que não. Mas então, qual o sentido da  vida?

Como lidar com a necessidade de entender tudo, já que nem tudo tem explicação. A maneira como lidamos com o desconhecido modifica a forma de aceitação sobre o inesperado, cientistas que buscam uma verdade absoluta e provas concretas sobre as coisa tem uma aceitação diferente sobre situações inesperadas. Então, como provamos que a raiva ou até mesmo o medo, que não podemos medir ou definir (já que cada um significa de sua forma), traz consequências físicas ao corpo.


Entender que nem tudo é concreto e absoluto é de importância fundamental para aceitar a opinião do outro, para o não julgamento afim de auxiliar o indivíduo durante o processo de luto. 

Autoria: Bruna R. Bueno

domingo, 13 de março de 2016

Ciência x Espiritualidade

O filósofo do vídeo Reflexões sobre  a morte nós faz refletir, pensar mais a fundo porque é tao difícil falar sobre a morte, pois se trata de algo normal, faz parte da nossa existência. Ele traz o exemplo do sol, que todas as manhãs nasce e a noite morre, se renovando todos os dias.
 Para nós a palavra morte gera um turbilhão de sentimentos e dúvidas, o que dificulta ainda mais falar sobre este assunto, onde ficamos divididos com os significados diferentes que esta palavra pode ter.
Para mim morte tem um significado diferente para cada individuo, pois irá depender das vivências e crenças desta pessoa. Onde para uns morte significa o FIM para outros pode significar o RECOMEÇO.
Em uma era tão tecnológica como a que estamos vivendo, trazer o fato que existe vida após a morte ou que a consciência não morre é ETERNA, acaba gerando conflitos, pois a grande maioria das pessoas só acredita se tiver provas, se for possível provar que aquilo realmente existe. O filósofo do vídeo traz isso com vários exemplos, que para os humanos tudo tem que ter um sentido e ser comprovado, precisa ter provas para acreditar em determinado acontecimento.
Mas existem fatos, acontecimentos que não conseguimos provar, mas isso não significa que não são reais, não somos apenas a ciência, temos o lado  espiritual e devemos demonstrar isso, viver em harmonia com os dois lados, uma está interligada a outra. 
Como profissionais da área da saúde que seremos vamos ter que ficar muito atentos com isso, não podemos esquecer a espiritualidade, ela deve estar junto com a ciência, ajudando e não causando conflitos.

Autora: Jéssica Colombo