domingo, 10 de julho de 2016

Como você encara a Morte??


Falar sobre morte não é uma tarefa fácil, pois “ela” nos remete diretamente ao sentimento de perda. Mas como lidar com algo que não conhecemos ou que não entendemos completamente? 
Inicialmente quando "ela" ocorre com algum familiar, causa tristeza de sua partida. Contudo, pode ser encarada como um evento que causa alívio no sofrimento daquele indivíduo e também da sua família. A morte é uma etapa da vida, que finaliza o processo vitalício. Neste sentido, a morte precisa ser encarada somente como mais uma etapa da vida, que não precisa ser considerada traumática, mas apenas lembrada. 
Pessoas que amamos se vão a vários momentos. Chorar a perda, passar pelas fases de luto é natural, a falta e a lembrança dos momentos felizes juntos irão surgir, as vezes concomitantes e mais intensos do que pensamos. Porém, devemos ficar atentos, quando essas lembranças começam a se transformar em sinais de depressão e consequentemente começam a atrapalhar e interferir em nossas vidas. Neste momento, deve-se procurar ajuda. Deve-se ter consciência de que podemos não ser capazes de carregar todos os fardos que a vida nos reserva e pedir ajuda não é vergonhoso, ao contrário, é um sinal de autoconhecimento. 
A morte hoje já não é mais uma coisa ruim, é o final de um ciclo e início de outro, tanto para quem fica, quanto para quem parte. Para quem parte, terminam-se as ações e descansa-se. Para quem fica, sobram as recordações e inicia-se a adaptação sem aquela pessoa, seja ela querida ou não, lembra-se dos exemplos e se eternizam os aprendizados.
            É preciso parar de sentir medo da morte, afinal é a única certeza que temos e esta deve servir como guia para a nossa vida. Servir para repensar as formas que vivemos e nos relacionamos, aproveitar todas as oportunidades, amar intensamente, derramar algumas lágrimas. Tudo isso reflete na forma em que vamos morrer e tentamos realizar as nossas vontades e sonhos, afinal, se não fizermos nunca saberemos se dará certo. E quando a morte chegar, se tivermos vivido, aí sim morrer valerá a pena.
            Com todas estas reflexões, os aprendizados ao longo das aulas e de nossas próprias vivências, percebemos que encarar a morte é muito pessoal, a forma como cada um encara este momento em sua vida vai depender da sua trajetória de vida e como tudo foi experienciado até o momento do acontecido. A intensidade do vínculo que tivermos com a pessoa que partiu vai depender da relação de ambos, pois muitas vezes as dificuldades de encarar a morte de um ente querido é por remorso ou por amar muito. O somatório disto conta muito para este enfrentamento ocorrer de forma mais facilitada ou dificultosa.
O processo de luto é muito importante e deve ser vivido, seja de qual forma for, e talvez não exista melhor remédio que um olhar sincero de outra pessoa sugerindo compreensão e parceria, enquanto se encara a dor da realidade.
A grande verdade é que não há forma de encarar a morte e sim a maneira de como NÃO encarar a mesma.
“Não deveríamos encarar a morte como uma tragédia ou pagamento doloroso de pecados, mas como mais uma forma de aprendizado onde no final o sentimento que fica é de dor e perda e uma ponta de conforto por termos convivido com o ser espiritual cheio de falhas mas com ensinamentos em busca de aprimoramentos também” (Nilton Mendonça).

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Perguntas deixadas pela nossa professora para reflexão...


- Do que você mais se orgulha em sua vida?

Da minha trajetória.


- Qual sua maior alegria?

Poder experienciar “coisas” novas.


- Qual o seu maior despontamento?

Ter ouvido algo desnecessário da pessoa que sempre havia sido meu norte.


- Qual foi a coisa mais importante que você já fez?

Ter me permitido me apaixonar.

- Do que você se arrepende?

Ter parado de estudar por cinco anos...


- O que você acha que vai acontecer agora?

Vou terminar de deliciar meu picolé de chocolate e me lambuzar com ele (kkkk). 


- Se você fosse dar uma mensagem ao mundo, qual seria ela?

Cada um precisa amar mais a si e amar ao outro, no mínimo, o tanto que ama a si.


Essas perguntas não são difíceis de responder, quando você sabe da onde veio e para onde vai...e se der algo errado no planejamento...é só replanejar. A vida não é uma constância. Portanto, contar com revira-voltas, ameniza o sofrer. Respostas não precisam ser complexas, se você está aberto a entender...


Autora: Adriane Carine Kappes

Imagem do Blog de Faa Cintra (SIC). 



Fases do luto
O luto está presente não somente na morte, mas também em qualquer perda que tenhamos de enfrentar. Para passar por esse luto enfrentamos 5 fases, que Elisabeth Kubler Ross, em 1969, descreveu como: negação e isolamento; raiva; barganha; depressão e aceitação. Cada fase é bem específica e nós como profissionais da saúde devemos estar atentos aos sinais que o indivíduo e a família está apresentando. Estas fases podem não ser totalmente distinguíveis, ou seja, podem ter duas fases ocorrendo simultaneamente, em alguns casos.

                O diálogo é fundamental para auxiliar o enlutado nesse processo, dialogar com a família e com o profissional ajuda a entender a perda e a formular estratégias de enfrentamento. Diante disto, a criatividade do profissional é prescindível, principalmente quando se trata de crianças, a flexibilidade, empatia e paciência também são habilidades que precisam ser desenvolvidas. 
          Afinal, nós estamos inseridos em uma cultura que não nos foi ensinado a lidar com a morte "naturalmente", o que pressiona de forma urgente o desenvolvimento destas habilidades nos profissionais recém inseridos no campo de trabalho e, por não se sentirem capazes de lidar com isto, estas tentativas frustradas os tornam, muitas vezes "frios" com a morte dos outros para se proteger emocionalmente. Que possamos internalizar esta reflexão desde já, para que sejamos apenas humanos com expressões "humanizadas" com aqueles que são objeto de nosso cuidado.

Autora: Adriane Kappes

domingo, 29 de maio de 2016

Perguntas que fazem Refletir sobre a Nossa Vida


*Do que você mais se orgulha em sua vida?
Meu maior orgulho é minha família, de estarmos sempre unidos.

*Qual sua maior alegria?
De ter força para correr atrás dos meus sonhos.

*Qual o seu maior despontamento?
Confiar demais nas pessoas e depois acabar me machucando.

*Qual foi a coisa mais importante que você já fez?
Deixar minha dor de lado e ajudar a minha família a se erguer sem nunca desistir de nenhum deles.

*Do que você se arrepende?
Não me arrependo do que fiz, pois acredito que até nossos erros são necessários para podermos crescer e nós tornarmos pessoas melhores.Mas me arrependo em ter sido muito orgulhosa e ter perdido grandes momentos e aprendizados por conta disso.

*O que você acha que vai acontecer agora?
Não sei o que o futuro me reserva, mas espero que meus sonhos se realizem e que eu continue aprendendo coisas novas e dando um rumo para minha vida, fazendo aquilo que gosto ao lado das pessoas que amo.

*Se você fosse dar uma mensagem ao mundo, qual seria ela?
Não deixe para amanha oque você pode fazer hoje, amanha pode ser muito tarde para você dizer que ama, perdoa, que sente muito, para pedir desculpas, para dar aquele abraço apertado, para começa tudo de novo ou simplesmente falar o quanto aquela pessoa é especial para você.

sábado, 28 de maio de 2016

O que você leva de sua vida....


  • Do que você mais se orgulha em sua vida?
De traçar metas e buscar o meu objetivo, correr atrás dos sonhos e não ter medo de desafios e tropeços.

  • Qual sua maior alegria?
Quando alcanço o pote de ouro ao fim do arco-ires, seja qual for este pote. Mas a maior alegria acho que ainda estou esperando, não sei qual é mas sinto que a terei.

  • Qual o seu maior despontamento?
Confiar em pessoas e descobrir que a certa altura do caminho elas não são o que parecem ser... Sentir impotente frente a uma pessoa que se ama muito.

  • Qual foi a coisa mais importante que você já fez?
Não desistir de mim.

  • Do que você se arrepende?
De ter tanta dificuldade em perdoar, de ter formado um casulo como forma de proteção e ter afastado tantas pessoas e experiências.

  • O que você acha que vai acontecer agora?
Vou continuar lutando para alcançar os meus objetivos, e vai anoitecer... sem que eu tire o tempo para ver o por do sol, mais uma vez.

  • Se você fosse dar uma mensagem ao mundo, qual seria ela?
Ser verdadeiro consigo mesmo, amor próprio é a base de tudo. Amar mais, abraçar mais, perdoar mais, viver cada dia como se fosse o ultimo, fazer tudo o que desejar dentro das possibilidades que se tem.

Perguntas simples, perguntas difíceis!!

- Do que você mais se orgulha em sua vida? 
Da minha família com todas as suas particularidades, conflitos, problemas e alegrias. E de ter escolhido a enfermagem como profissão.

- Qual sua maior alegria?
Minha Família, minha profissão e meus pacientes.

- Qual o seu maior desapontamento?
Descobrir que existem pessoas capazes de fazer mal as outras. 

- Qual foi a coisa mais importante que você já fez?
Assumir o compromisso de trabalhar com a vida das pessoas em todas as etapas e morar sozinha.

- Do que você se arrepende?
De não ter amado e aproveitado mais pessoas que hoje não estão mais comigo.

- O que você acha que vai acontecer agora?
O futuro é incerto, mas espero que aconteçam coisas boas e coisas ruins para que eu possa amadurecer e me tornar uma pessoa ainda melhor. 

- Se você fosse dar uma mensagem ao mundo, qual seria ela?
Amem, não deixem de dizer o que sentem, não esperem, amanhã pode ser tarde. 


quinta-feira, 19 de maio de 2016

FASES DO LUTO - Como e onde buscar forças para enfrentar esta perda



Elisabeth Kubler Ross era uma psicologa que escreveu “Sobre a morte e o morrer” que teve sua publicação originalmente em 1969, onde trouxe experiências de pacientes sobre a aceitação de uma doença ou da terminalidade. Mesmo a mote sendo óbvia para todos, ainda é tratada como um tabu, onde só de falar o nome já reverbera medo e tristezas,  em seu livro a autora traz o trecho “ Se não podemos negar a morte, pelo menos podemos tentar domina-la”, esta é uma crítica que a autora faz a forma que os profissionais da saúde tratam seus pacientes, tentando dominar e ludibriar a morte, dando esperanças  e gerando maior sofrimento a família e ao paciente, quando nem mesmo a equipe trata isto como um tema aberto e sem preconceitos, como passar esta possibilidade a família sem que gere um grande impacto?
 Para passar pelo luto, seja ele da morte de um familiar ou pelo diagnóstico de uma doença, são encontradas cinco etapas – que Elisabeth diz que o enlutado passar por pelo menos duas. Esta fases não seguem necessária mente a ordem que será explicado a seguir, bem como podem voltar e se misturar ou apresentar duas fases consecutivas. Embora estas não sejam apresentadas por todos pacientes é necessário o conhecimento das mesmas, para que se possa saber trabalhar com o enlutado da melhor forma possível.  

Primeiro estágio: Negação e isolamento
Como uma ferramenta de defesa psíquica a pessoa nega a situação que esta tendo que enfrentar, no caso de um diagnóstico esta pode buscar incessantemente a opinião de outros médicos ou a realização de novos exames, evita falar sobre o assunto como se este de fato não estivesse ocorrendo. O isolamento também pode acontecer por meio da negação do contato com os familiares ou amigos, podendo ser mais uma forma encontrada para evitar o assunto.
Não acreditar em algo que não queremos é natural do ser humano, uma rota de fuga que na maioria dos casos é utilizada. Mais importante que dar um disgnóstico é a forma que este é dada e recebida. A maneira como o enlutado vai passar por estas etapas do luto, frequentemente se modifica diante da forma que se dá a notícia e das opções que são demonstrada neste momento, “ não largar a bomba e virar de costas” é um ditado que muito se ouve, mas de difícil aplicação. Dar a notícia da perda e junto uma estratégia para minimiza-la, quando possível, é uma das capacidades que devemos aprimorar.

Segundo estágio: Raiva
É nesta fase que a pessoa demonstra a raiva pela situação. Inveja, revolta e ressentimento também podem ser demonstrados, a pergunta do “por que comigo?” surge e todos que estejam bem são alvos de fúria e tratados como causadores de sofrimento, a sensação de injustiça só faz com que a raiva cresça.
É importante que a equipe e familiares compreendam que os momentos de raiva que podem ser direcionados a eles, não necessariamente diz respeito a algo que foi feito pelos mesmos, conhecer que esta é uma etapa que muitos pacientes enfrentam, diminui o impacto da raiva mal direcionada. Manter a calma e mostrar apoio diante da situação é fundamental.

Terceiro estágio: Barganha
A barganha se dá quando a sensação de perda se torna clara, a negociação consigo mesma ou voltadas para a religiosidade são as mais frequentes, promessas, sacrifícios ou pactos são comuns – exemplo, nunca mais colocarei um cigarro na boca se me curar do câncer. A esperança de que tudo  volte a ser como era antes da notícia é grande e pode servir como uma forma de ancoragem para manter a pessoas engajada a seguir o tratamento ou servir como mais uma frustração quando vê que sua negociação não foi atendida.
A barganha pode ser vir como algo que impulsione a adesão de algum tratamento por exemplo, mas quando a troca não é alcançada também pode ser mais um motivo de frustamento para o enlutado. Diagnosticar quais são as barganhas que vem sendo solicitadas e deixar o paciente a par das possibilidades de alcança-las, ou não - de uma maneira que não gere desmotivação- é importante.

Quarto estágio: Depressão
Quando a consciência de que a perda é inevitável se instala a depressão, a sensação de que não há como escapar da perda gera um sofrimento profundo, de impotência e  a necessidade de isolamento fazem com que aconteça uma grande introspeção e o comportamento auto-defensivo.
Muitas vezes a família não esta preparada para lidar com o estágio da depressão, o isolamento e as queixas frequentes podem afastar os amigos e a família, conversar com estes e com o enlutado é importante para que esta etapa seja enfrentada da melhor maneira possível, o conhecimento do que esta se passando gerá força a família e auxilia na formulação de estratégias de enfrentamento.

Quinto estágio: Aceitação
Esta é a ultima fase do luto, e algumas pessoas nem se quer alcançam. Quando a pessoa aceita a situação e a perda, sem negação ou raiva, a sensação de vazio que antes era enorme agora é preenchida pela paz e serenidade. As emoções já não estão tao afloradas e é possível conversar com outras pessoas sobre o assunto e planejar estratégias de enfrentamento. A chegada a esta fase depende muito de cada pessoa, do apoio que esta recebendo, da rede de cuidados que se formou, da espiritualidade entre outros fatores.

Mostrar que este não é o fim de uma jornada, e que o apoio familiar e dos amigos é importante para que se estabeleça o bem estar do indivíduo.

Acad Enf. Bruna Bueno

domingo, 15 de maio de 2016

Enfrentamento perante a Morte 

  Na graduação e no local de trabalho os profissionais de saúde são preparados para cuidar, assistir e manter os pacientes vivos, para isso contam com recursos de equipamentos eletrônicos e tecnológicos modernos e avançados.
Com está visão de prolongar a vida, esquecemos de trabalhar a morte. Por este motivo quando nos deparamos com a morte ou com o luto dos nossos pacientes, acabamos nos sentindo impotentes, sem saber como agir e como assistir os familiares que estão sofrendo pela sua perda ou vivendo o luto juntamente com o paciente.
  Eu quanto profissional de saúde espero saber reconhecer as fases do luto (Negação, Raiva, Depressão, Barganha, Aceitação) em cada paciente e nos seus familiares, para saber como orientar, agir mas sempre respeitar o tempo e  espaço de cada um.
  Particularmente acho que a melhor forma de ajudar é fazendo uma Escuta adequada aos pacientes e seus familiares, deixar com que eles expressem seus sentimentos e vivam o luto, pois é necessário passar por estas fases para seguir em frente. Além de realizar a escuta correta podemos melhorar o cuidado contando com a ajuda de outros profissionais, como a psicologia.
  Espero que com o tempo e experiência seja mais fácil lidar com estas situações, que falar sobre e entender melhor o processo de luto me deixe mais tranquila para lidar com este assunto.

Autora: Jéssica Colombo
Acadêmicas: Adriane Kappes, Bruna Bueno, Jéssica Colombo, Paola Forlin

Morte e Morrer em redes sociais

  A prática do Luto interativo no Facebook de Bousso.R.S et.al, é um trabalho apresentado no Simpósio em tecnologias digitais e sociabilidade, em Salvador,  nos  dias  10  e  11  de outubro  de  2012.  Trata­se  de  um  estudo qualitativo,  utilizando  a Etnografia  virtual  e  a análise  de  conteúdo.  Para  este foram  analisados  195  comentários  postados  no  perfil do  usuário  falecido durante  o  primeiro  mês  da  morte,  este,  um  senhor  de  88  anos com  5184 amigos, judeu, casado, pai de dois filos, trabalhava na área da educação e sua postagem  havia  sido  seis  dias  antes  de  seu  falecimento.  O  trabalho  foi submetido à avaliação do Comitê de Ética.
  Com  está  análise  foram  identificados  diferentes  sentimentos  ao  longo das  semanas, além  de  emoções  diversas,  indicadores  de  estratégias  de enfrentamento  do  luto, crenças  religiosas,  homenagens  e  relato  da  sua experiência com o luto. Pode-­se relacionar as falas encontradas com as fases do luto,  visto que em primeiro momento frases de negação e  surpresa foram postadas  no  perfil,  com  o  passar  de  um  mês, mensagens  saudosas  e homenagens  passaram  a  ser  as  mais  frequentes.  Contudo, dentro  deste  um mês  que  foi  avaliado  observou-se  que  conforme  os  dias  passavam, a frequência de mensagens foi reduzindo.  
  Este  estudo  demonstra  o  avanço  das  tecnologias  da  informação  e  da comunicação em todos os campos do saber. Mostra a utilização da rede social Facebook  pelos enlutados  durante  a  morte  de  um  ente  querido  ou  um conhecido  e  como  se  passa a comunicação  durante  o  processo  de  luto. Podendo transformar o perfil da rede social em um memorial e servindo como uma  ferramenta  que  aproxima  e  permite  que  os  amigos se  reconfortem  da perda entre eles.
  Dentro  da  comunicação  virtual  entre  os  familiares  e  amigos  deste usuário foi possível identificar quatro categorias temáticas:
Expressar  reações  emocionais  e  cognitivas  à  morte:  negação  ou aceitação da morte do falecido. Os  comentários  são direcionados ao falecido ou  ao  público,  sem indicar uma  conversa  com  o  amigo  morto.  “Querido professor,  fiquei  muito  triste quando soube  de  seu  falecimento...”  “Como assim?” “Ele está feliz agora encontrando-se com sua amada...”
Manter-­se  conectado  ao  falecido:  manter-­se  conectado  com  o falecido por meio  de mensagem,  manifestando  admiração,  relembrando momentos vividos  com o falecido, demonstrando a importância do falecido em sua vida, dizendo  adeus  e  pedindo que  o falecido  ilumine  os  que  ficarão.  “Professor amigo, querido...” “Obrigada por tudo mesmo...” “Deixará saudades” “Perdi um grande mestre”.
Divulgar homenagens, eventos e agradecimentos: os familiares postam os  comentários e  mensagens.  “Descanse  em  paz  tio”  “Convidamos  a  todos para  um  Shabat  Especial em  memória  ao  Prof...”  “Gostaria  de  agradecer  a emocionante homenagem...ao meu pai...”
Expressar  condolências  aos  familiares:  frases  protocolares  de condolências  aos familiares,  expressões  menos  formais,  frases  religiosas  e espiritualizadas.  “Meus sentimentos...”  “Nosso  carinho  para  a  família”  “Que HaShem console todos os seus familiares” (HaShem, Deus no judaísmo).
  O autor faz uma discussão com base em cada uma das temáticas descritas  a  cima, comentando  sobre  os  comentários,  a  naturalidade  e frequência que eles ocorrem. Traz que o luto é o processo normal e esperado de  elaboração  psíquica  e  enfrentamento  da vivência  de  perdas  significativas, que implica a transformação e ressignificação da relação com o que foi perdido. Além  da  importância  de  ter  um  cuidado  atento  e sensível  ao  enlutado, promovendo  empatia,  continência  e  não ­crítico,  pois  o  enlutado poderá continuar a sentir-­se solitário em sua dor.
  Os resultados deste estudo trazido pelo autor permitem afirmar que os sites de redes sociais on­line podem facilitar o enfrentamento ao luto, pela liberdade de expressão e por oferecer uma oportunidade de interação que ajudam a refletir  sobre  sua relação  com o falecido e  suas próprias emoções, transformando o luto de um espaço privado para um espaço público.

Opinião crítica:
  Em uma sociedade onde é comum ignorar ou evitar falar sobre morte, as redes sociais são grandes aliadas de pessoas que passam pelo processo do luto. São nesses locais onde as pessoas sentem mais liberdade de falar sobre o tema e expressar os seus sentimentos. O apoio e suporte proporcionado pela aproximação das pessoas é um fator essencial para o enfrentamento do luto, o saber que outras pessoas também estão sentindo falta desta pessoa amada, que partiu, faz com que se torne possível dividir esta carga.
  Concordamos  com  os  autores  e  o  que  trazem  em  seu  artigo,  como  este ainda é um tema considerado TABU para a sociedade as redes virtuais tornam-se grandes aliadas para que a sociedade converse sobre e desmistifique aos poucos esta temática. Porém, por se tratar de locais de acesso público, é de fundamental  importância  que  também  se  dê privacidade  aos  familiares, cuidados  com  as  postagens  e  suas  repercussões,  para que  o  luto  privado possa ser também mantido.
  Visto  que,  o  assunto  sobre  morte  é  de  extrema  importância  para  a humanidade, deveriam  haver  mais  pesquisas  sobre  este  assunto  nas universidades, pois seria uma forma de conhecer fatos consideráveis sobre a finitude, bem como reduzir preconceitos e oportunizar parentes e profissionais de saúde para um bom enfrentamento dessa realidade.




domingo, 1 de maio de 2016

História de teatro – estágio da raiva

Reação a abordagem da equipe
Paciente recebe diagnóstico de câncer e é internado no hospital para tratamento.

Enfermeira 1 - Ao entrar no quarto a enfermeira chega dando bom dia, perguntando como esta, abrindo as cortinas e janelas, falando que o quarto está muito abafado e que o quarto precisa de ar.

Paciente- A paciente reclama diz que não quer claridade, que prefere o escuro e de que não é de ar que ele precisa no momento.

Enfermeira 1 – A enfermeira sai do quarto quieta mas com semblante irritado.

Familiar – acompanha o acontecido quieta e assustada, pois aquele não é o perfil de sua irmã, porém não reage.

Enfermeira 2 -  no turno seguinte a enfermeira bate na porta e entra no quarto, pede como a paciente está se sentindo neste momento.

Paciente – responde que não está bem, que gostaria de estar em casa.

Enfermeira 2 – sugere que a paciente poderia trazer algum travesseiro, porta retrato da família ou algo que o fizesse se sentir mais à vontade. Notando que o quarto esta abafado, pede ao paciente se ele gostaria que abrisse as janelas.

Paciente - responde que não, mas que está com calor.

Enfermeira 2 – sugere abrir as janelas e manter as cortinas fechada, mantendo o quarto mais escuro.

Familiar – sem saber como lidar com sua irmã pede ajuda a enfermeira.

Enfermeira 2 – explica que este é um processo normal na aceitação de uma doença...

Familiar – entra no quarto e conversa com a irmã, pede para que tenha mais paciência com a equipe e explica que todos estão dispostos a ajudar.

Enfermeira 1 – No outro dia, a enfermeira chega de maneira mais branda ao quarto do paciente, que já está aceitando melhor as intervenções da equipe. Esta sugere que se abra a janela.

Paciente – o paciente aceita.

Autoras: Adriane; Bruna; Jéssica e Paola.



terça-feira, 5 de abril de 2016

Refúgio



Onde podemos encontrar refugio...

Refúgio nem sempre é a fuga da realidade, o consolo do ombro amigo, a busca de entendimentos e saberes sobre a situação que se esta passando, esses são refúgios, afinal o dicionário traz como "Amparo; aquilo que serve para amparar, para proteger ou confortar".

Mas e quando se mora longe de um amigo ou quando temos dificuldade para falar sobre o assunto com outras pessoas? Outras possibilidades podem se acessadas - música, pintura, dança, entre outras atividades - o que vale é não ficar sozinho remoendo toda a tristeza que guardamos para si. Na canção Há tempos fala que " muitos temores nascem do cansaço e da solidão", então, não temas, fique sozinho o tempo que achar necessário, mas não permaneça assim. "A vida segue" é uma das frases mais ditas nesses casos, e cabe a você se erguer e retomar o caminho.

Cada pessoa tem a sua forma de lidar com as perdas, -" tua tristeza é tão exata", diz a música - independente de como ela se mostre é preciso ter respeito e auxiliar quem esta passando pelo luto. O caminho no início pode parecer escuro, mas a medida que conseguimos acender uma das tochas, todas as outras se acenderão e será possível iluminar até mesmo a mais profunda caverna.

autora: Bruna Bueno

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Música, uma forma de Arte

A música é uma de muitas formas de arte, onde algumas pessoas descobriram ser a melhor forma de expressar e libertar suas angustias, tristezas, alegrias, experiências de vida. Estas diferentes formas de arte (música, desenho, dança, pintura..) permitem que as pessoas demonstrem seus sentimentos e ajudem outros a enfrentar suas dificuldades. 
Para nos profissionais da área da saúde, a arte é uma importante ferramenta, pois podemos conhecer melhor nosso paciente e sua visão frente aquele problema, ou quando o paciente ainda não utiliza deste recurso, apresentar isso para ele, ver se ele irá se identificar com alguma forma de arte e como isso irá ajuda-lo a enfrentar seus medos, perdas.
A música Há Tempos - Legião Urbana, no verso "Parece Cocaína, mas é só tristeza", nós diz que cada um encara a perda de uma forma diferente e quem está de fora pode não entender está maneira que a pessoa escolheu, ou até mesmo entender de uma maneira errada. Com isso devemos ter a consciência que somos diferentes e aceitar a forma que cada um irá enfrentar as perdas de sua vida. Pois somente o tempo irá cicatrizar as feridas. Nessa vida nada é perfeito, nem tudo saí como planejamos. "Os sonhos vêm e os sonhos vão, E o resto é imperfeito".

Autora: Jéssica Colombo

segunda-feira, 28 de março de 2016

"Há tempos" - Legião Urbana, uma música poeticamente sobre as perdas

Uma música antiga, mas com sentimentos tão atuais. A música "há tempos" de 1989 sob a composição de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá fala sobre a forma como hoje nós encarramos as perdas. Todos passamos por momentos difíceis não apenas da perda morte, mas da perda de sentimentos, de pessoas e de relações pessoais. É quase que impossível não deixarmos transparecer quando perdemos algo ou alguém pelo que temos muito afeto e que valorizamos. A forma como cada um encara as perdas é importante, e para nós profissionais da saúde e familiares é peça importante saber escutar e falar, escutar as angústias de nossos pacientes e familiares e falar sobre nossas angústias sobre nossos pacientes e familiares. Perdas são inevitáveis e são necessárias para o nosso amadurecimento e para que não esqueçamos que "disciplina é liberdade" e vice-e-versa. Saibamos que cada um tem a sua forma de expressar a perda, seja chorando, seja gritando, falando ou simplesmente olhando e que toda perda, seja do que for, precisa ser respeitada. 


Autora: Paola Forlin.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tristeza e dor







Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos

Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso

Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito
Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira

E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção

Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa

      Ainda bem que o tempo cicatriza as feridas, oportunidades fazemos ou surgem por meio dos outros. Qual o tamanho da tua dor?como essa dor te afunda, ou ela te impulsiona... Quantas casas o teu grito é capaz de acordar? Muitas vezes as pessoas resolvem fazer grupos de discussão e apoio ou caridade para recuperar o sentido da sua existência no decorrer dos dias.
      Então, "a quem procura abrigo e proteção"? saiba que não estarás sozinho, se tua dor for tão forte a ponto de não ser suportada, compartilhe-a, divida-a e sempre lembre que "compaixão é fortaleza". Ter bondade é ter coragem e lá em casa tem um poço o estar junto ou simplesmente ouvir um pouco pode não nos fazer superar, mas nos faz encarar de um jeito mais ameno ou mais intenso, mas nos faz encarar. 

https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22493/

Autoras: Adriane Kappes, Bruna Bueno e Paola Forlin

domingo, 20 de março de 2016

Espiritualidade: muito além do científico

      A morte muitas vezes "bate" na porta das pessoas e revoluciona as suas vidas, de uma forma ruim ou boa. Algumas vezes uma pessoa da família está no processo de "partida" e os familiares que estavam brigados se reaproximam e se permitem perdoar, remoldando aquela história. Outras vezes a morte do indivíduo traz discórdia, devido a acusações de culpa ou por interesses individuais. Não creio  que a pessoa que "parta" saiba o que ocorre com seus familiares (meu pensamento sobre o tema), mas sim que mantém uma consciência daquilo que foi e fez enquanto era um ser humano vivo, como se percebe ao ler o texto bíblico de Lucas 16: 19-31, no qual o homem rico lembra da família, mas não pode se comunicar com ela.
      Acredito que se pensássemos mais na morte, sofreríamos menos ao experienciar esta no nosso cotidiano. O professor Luis Carlos Marques (2012), menciona em seu vídeo que antigamente as antigas civilizações egípcias, gregas, mesopotâmicas, mexicanas, entre outras, associavam muito a vida (incluindo a fase do nascimento) e a morte. Talvez porque naquela época as mortes ocorriam com maior frequência do que atualmente, devido a guerras e grandes epidemias, tendo que ter uma alta taxa de natalidade para manutenção da comunidade, o que não ocorre com tanta frequência nos dias atuais. Nesse sentido, as suas vivências tanto de vida como de morte eram muito frequentes e havia crenças de reencarnação, que perduram até hoje.
      O que é metafísico realmente não tem como ser visualizado, mas pode ser percebido, segundo o mesmo professor. A ciência apenas acredita naquilo que pode ser provado e visto, enquanto que a espiritualidade é constituída pelas vivências individuais, ou seja, é subjetiva, se crê naquilo que se experienciou e por esta razão a ciência a desconsidera. Penso na dificuldade de se contestar sobre a crença do indivíduo, uma vez que não a vivenciamos. Por isso se possui a necessidade de empatizar com o pensamento do outro e julgamentos não deveriam emergir em nossas relações. 
      Nesse contexto, percebo que se tem uma necessidade das pessoas se autoconhecerem e, quando digo isto significa definir-se quanto aos seus sentimentos e quando estes emergem, como podem enfrentar os momentos que antecedem e que são posteriores a morte. Alguns dirão que precisam de mais companhias, outros dirão que precisam mais da presença de Deus, outros ainda dirão que precisam de tratamento psicológico, enfim...Mas e antes disso tudo. O que fazer em vida para morrer bem? O que fazer para entender para onde vou? 


Vídeo de MARQUES (2012) em: <https://www.youtube.com/watch?v=7oWO5oPMOi8>.

Autora: Adriane Carine Kappes


segunda-feira, 14 de março de 2016

A morte e suas diferentes versões

Entende-se que a morte pode ser vista de várias formas, sendo duas delas a versão da ciência e a versão não cientifica.
A versão não cientifica pode ser aquela que vivenciamos ao longo da vida, as perdas de entes queridos, a visão definida pelas diferentes religiões, pelas crenças e sentimentos de cada um.
A versão cientifica é aquela em que a morte é o fim do ciclo vital, onde nem sempre existe uma relação com os nossos sentimentos.
Nós como profissionais da saúde, temos a missão de aprender como cada um dos nossos pacientes encaram/veem a morte para que assim possamos prestar um cuidado mais adequado.
É  importante também, que nós saibamos que papel a morte cientifica e não cientifica tem em nossa vida profissional, para que assim saibamos como nós mesmos encarramos as perdas.

Em relação ao tema, um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou um estudo sobre o ensino científico e representações sociais de morte humana, que pode ser acessado através do seguinte
endereço: http://rieoei.org/deloslectores/1230Figueiredo.pdf . A leitura é valida e traz a visão dos alunos de duas escolas sobre a morte e traz os entendimentos em relação a visão cientifica e não cientifica da morte na realidade das mesmas. 


Autora: Paola Forlin.

Coisas humanas



“Como essas duas faces dessa moeda se associam, Vida e Morte?”. É o que o Prof. Luis Carlos Marques discute em uma de suas palestra. Como entendemos essas ideias, como planejamos a nossa vida e reagimos quando “jogamos esta moeda”.

Como reagimos as situações e sentimentos que não conseguimos medir, afinal o que é a morte? O que é viver? Para viver basta estar vivo? Alguns diriam que não. Mas então, qual o sentido da  vida?

Como lidar com a necessidade de entender tudo, já que nem tudo tem explicação. A maneira como lidamos com o desconhecido modifica a forma de aceitação sobre o inesperado, cientistas que buscam uma verdade absoluta e provas concretas sobre as coisa tem uma aceitação diferente sobre situações inesperadas. Então, como provamos que a raiva ou até mesmo o medo, que não podemos medir ou definir (já que cada um significa de sua forma), traz consequências físicas ao corpo.


Entender que nem tudo é concreto e absoluto é de importância fundamental para aceitar a opinião do outro, para o não julgamento afim de auxiliar o indivíduo durante o processo de luto. 

Autoria: Bruna R. Bueno

domingo, 13 de março de 2016

Ciência x Espiritualidade

O filósofo do vídeo Reflexões sobre  a morte nós faz refletir, pensar mais a fundo porque é tao difícil falar sobre a morte, pois se trata de algo normal, faz parte da nossa existência. Ele traz o exemplo do sol, que todas as manhãs nasce e a noite morre, se renovando todos os dias.
 Para nós a palavra morte gera um turbilhão de sentimentos e dúvidas, o que dificulta ainda mais falar sobre este assunto, onde ficamos divididos com os significados diferentes que esta palavra pode ter.
Para mim morte tem um significado diferente para cada individuo, pois irá depender das vivências e crenças desta pessoa. Onde para uns morte significa o FIM para outros pode significar o RECOMEÇO.
Em uma era tão tecnológica como a que estamos vivendo, trazer o fato que existe vida após a morte ou que a consciência não morre é ETERNA, acaba gerando conflitos, pois a grande maioria das pessoas só acredita se tiver provas, se for possível provar que aquilo realmente existe. O filósofo do vídeo traz isso com vários exemplos, que para os humanos tudo tem que ter um sentido e ser comprovado, precisa ter provas para acreditar em determinado acontecimento.
Mas existem fatos, acontecimentos que não conseguimos provar, mas isso não significa que não são reais, não somos apenas a ciência, temos o lado  espiritual e devemos demonstrar isso, viver em harmonia com os dois lados, uma está interligada a outra. 
Como profissionais da área da saúde que seremos vamos ter que ficar muito atentos com isso, não podemos esquecer a espiritualidade, ela deve estar junto com a ciência, ajudando e não causando conflitos.

Autora: Jéssica Colombo
 

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Como você encara a morte?




Tanto pensamos e ouvimos falar da morte em uma sociedade que preconiza a ideia de "vida", onde falar abertamente sobre a morte se torna um desafio. Por vezes as pessoas nos permitem a expressão do sentimento que o tema "morte" nos impõe, contudo ficamos com medo e nos prendemos como pássaros em uma gaiola, que algumas vezes tem a oportunidade de serem libertos e optam por permanecerem presos pelo medo do desconhecido. E você, como encara a morte?


Texto: Adriane C. Kappes, Bruna R. Bueno, Jéssica Colombo e Paola Forlin.